Você conhece o exame neurológico?

O exame físico neurológico é um dos mais fascinantes da medicina e um dos que fornece mais informações sobre a localização e possivelmente a causa da doença do paciente. Quanto maior a habilidade e familiaridade do profissional, mais informações são obtidas.
A avaliação do exame neurológico é dividida em anamnese (em que é questionado sobre os sintomas, quando começaram, entre outras informações) e o exame físico neurológico. Este último consiste em avaliação da cognição, nervos cranianos, força, reflexos tendíneos profundos, sensibilidade tátil, dolorosa, proprioceptiva e vibratória, coordenação e avaliação da marcha.
Os pacientes frequentemente acham interessante a realização do exame físico neurológico e os equipamentos utilizados. Dessa forma, o objetivo dessa postagem é mostrar alguns desses instrumentos.

 

O oftalmoscópio é utilizado durante a avaliação dos nervos cranianos para avaliação do nervo óptico. Com seu uso é possível visualizar o fundo de olho e encontrar sinais de uma hipertensão intracraniana (edema de papila bilateral), inflamação do nervo óptico, além de outras informações. É utilizado com certa frequência na avaliação de dor de cabeça, alterações visuais, entre outros.

 

 

 

 

Os martelos neurológicos possuem a função de testar os reflexos dos tendões musculares. Ao percutir sobre o tendão, o reflexo normal provocado é a contração muscular com movimentação do membro. Algumas doenças envolvendo o cérebro e tronco cerebral podem provocar aumento dos reflexos e outras, como doenças de nervos periféricos ou musculares, podem diminui-los. Dessa forma, é uma parte do exame neurológico de fundamental importância.

 

 

 

 

O diapasão é um equipamento que vibra ao ser percutido. É colocado sobre extremidades ósseas para avaliação de sensibilidade vibratória. Doenças, como polineuropatias periféricas, podem provocar diminuição de sensibilidade vibratória (chamada de hipopalestesia). O diapasão também pode ser utilizado para avaliação auditiva grosseira.

 

 

 

 

O estilete serve para avaliação de reflexos cutâneos. Geralmente, há uma adaptação no martelo neurológico que serve como estilete. O reflexo cutâneoplantar, por exemplo, é testado passando o objeto na região da planta dos pés. Em uma pessoa normal, provoca a flexão do hálux (“dedão do pé”). Caso haja extensão, chamamos de sinal de Babinski. Este é normal até 1 ano de idade, após isso podemos dizer que é sempre anormal e aponta para patologias dentro do sistema nervoso central.

 

 

 

 

Assim, por meio do exame neurológico, é possível identificar anormalidades que afetam o sistema nervoso. Saiba mais sobre quando a avaliação neurológica está indicada no link https://drmarcilliobezerra.com.br/neurologia. Caso precise, não deixe de procurar ajuda.

 

Referências:

  1. Campbell, W. “De Jong O exame neurológico”. 7ª edição. Editora Gen. 2014.
Post anterior
Vou fazer um eletroencefalograma, o que devo saber?
Próximo post
Você conhece os sintomas da doença de Parkinson?